Português

terça-feira, 30 de abril de 2013

Beresford

          Se D. Miguel personifica o poder civil e Principal Sousa o religioso, William Carr Beresford representa o domínio britânico a que Portugal estava submetido e o poder militar. De facto, ele é um marechal do exército britânico que foi nomeado para reorganizar o exército português e investido de amplos poderes pelo rei D. João VI.

          Não obstante, despreza Portugal, país onde é obrigado a viver e que considera insignificante e provinciano ("... quem não viu as árvores da minha terra, nunca viu árvores...""Esta situação é, em si mesma, uma crítica a Portugal, que ele, como se depreende, despreza." - pág. 56), «um país de intrigas e de traições», opiniões que as figuras dos restantes governadores e dos delatores (Vicente, Andrade Corvo e Morais Sarmento) exemplificam / concretizam. Não é, pois, de estranhar que aproveite qualquer pretexto para ridicularizar Portugal e assuma, sistematicamente, uma postura de arrogância e de superioridade relativamente ao reino e às suas gentes, contrapondo a sua terra natal, uma «terra onde as leias são humanas» (depreende-se, por contraste, que em Portugal são desumanas), «as pessoas cultas» (em Portugal, incultas e ignorantes), «a vida cheia de sentido» (em Portugal, o oposto) e «um homem vive como um homem» (em Portugal, como um bicho / animal? - ou seja, em condições degradantes). Pelo contrário, o reino lusitano é um país de intrigas e traições (pág. 63) onde reina a desonra («Honras? E quem mas presta?» - pág. 57) e os títulos nobiliárquicos não têm valor («Títulos? Mas quem é o marquês de Campo Maior fora do botequim do Marrare?» - pág. 58), cuja superioridade enfatiza.
          Dois dos traços característicos de Portugal com que mais antipatiza são o catolicismo caduco e o exercício incompetente do poder, mostrando-se, nos diálogos que trava com Principal Sousa, sistematicamente, sarcásticoirónicojocosozombadormordaztrocista e profundamente crítico quer com aquela personagem, que com o país, quer com as suas instituições («O tom do marechal é sempre jocoso. Sente-se que não toma os Portugueses a sério, embora esteja disposto a  colaborar com eles na medida do necessário para a obtenção dos seus fins.» - pág. 55 - assim se revela um perfeito oportunista). Atente-se, por exemplo, nas opiniões que manifesta sobre o exército (considera-o pindérico), o Rei e a Igreja, que despreza.

          Homem prático e decidido («Excelências: não vim aqui para perder tempo com conversas filosóficas. Venho falar-lhes de coisas mais sérias.» - pág. 41) e objectivo(«Beresford é um homem prático, que encara objectivamente a realidade» - pág. 42), as suas intervenções, nos diálogos travados com as demais personagens, denunciam um homem calculistaperspicazpráticoobjectivomaterialista e ambicioso, um mercenário, em suma, que não tem qualquer pejo em confessar que só está em Portugal por um único motivo - «Pretendo uma coisa de vós: que me pagueis - e bem!»«Troco os meus serviços por dinheiro, Excelência.» - pág. 58) -, isto é, para assegurar «um futuro que [o] compense dos sacrifícios do presente [...]» (pág. 57).

          Relativamente ao General, assume que o odeia e que é seu inimigo por razões pessoais: «... é meu inimigo, portanto, quem me dificulte esta missão.» - pág. 63  o General; «quem me possa substituir na organização do exército»  o General; «sou um grande sargento e um mau oficial» (o oposto do General); «sei organizar um exército, mas que não o sei comandar em campanha.»  a falta de liderança (o oposto do General). Ou seja, Beresford receia que Gomes Freire ponha em perigo a manutenção do seu lugar de marechal no exército português. Daí que também ele, na conjura, trace o perfil do alvo a abater: «[...] temos de encontrar alguém que tenha prestígio no exército. Julgo que nos convém um oficial de patente elevada, com um bom passado militar.» (pág. 64).
          À semelhança de D. Miguel, apresenta-se como uma personagem que segue os princípios do maquiavelismo, ou seja, alguém para quem os fins justificam os meios («Tragam-nos a proclamação... obtenham-na seja como for...» - pág. 52; «Senhores, afirmo-vos em nome dos meus 16 000$00 anuais que farei tudo o que for necessário para os continuar a receber!» - pág. 59). Dito de outra forma, a condenação de Gomes Freire - a condenação de um inocente - visa a conservação do seu poder, da sua tença, do seu prestígio e dos seus privilégios. Assim, fomenta a denúncia e o suborno no sentido de encontrar o responsável pela conspiração («Comprem quem for preciso, vendam a alma ao diabo, mas tragam-nos o nome dos chefes...» - pág. 69).

          Já o diálogo mantido com Matilde mostra-nos um Beresford egoístainsensível e frio que não se deixa comover pelas súplicas desesperadas da companheira do general. Pelo contrário, usa com ela uma linguagem trocistairónica e arrogante, que se destina a agredi-la moralmente e a humilhá-la, é mordaz, não desperdiçando a oportunidade para a humilhar e espezinhar e de, através dela, humilhar indiretamente Gomes Freire.

Principal Sousa


         Principal Sousa, a figura que representa o poder religioso, é, em nossa opinião, de todas, a personagem mais odiosa da peça. Porquê? Desde logo, porque deveria representar o BEM e, por isso, estar ao lado do povo humilhado, explorado, oprimido e ignorante. No entanto, pelo contrário, Principal Sousa personifica uma Igreja contrária aos princípios cristãos e ao exemplo de Jesus Cristo: autocráticadogmáticaconservadora nos usos e costumes, falsa hipócritadefensora dos seus interesses, daí o seu comprometimento com o poder político (a equivalência à relação, em determinados períodos do Estado Novo, entre a Igreja católica, representada pelo Cardeal Cerejeira, e o Presidente do Conselho, António de Oliveira Salazar).

          Defensor do despotismo iluminado ("É de origem divina o poder dos reis e é portanto a sua - e não a do povo - a voz de Deus." - p. 36), é um obscurantista, na medida em que defende a manutenção do povo na ignorância para que, desse modo, o poder opressivo e tirânico possa manter o seu reinado livremente. É uma forma de assegurar o sufocar da revolta popular ("... a sabedoria é tão perigosa como a ignorância! Ambas podem afastar o homem de Deus e do seu caminho." - p. 36) - que receia (p. 40) -, pois a ignorância impede que o povo seja capaz de refletir sobre si, sobre a sua existência, sobre os mecanismos do poder opressivo e de os questionar. Assim, também não é de estranhar que ele odeie a Revolução Francesas e os ideais / valores que lhe estão subjacentes, além dos próprios franceses ("... perdoe o ódio que tenho aos Franceses..." - p. 39), acusando-os de serem responsáveis pelo espírito revolucionário que germina e que poderá contribuir para o fim do seu consulado.

          Por outro lado, dá voz a determinadas ideias do Salazarismo: a conservação de um povo«pobre mas feliz» (pág. 40). Odeia Beresford ("O principal não gosta de Beresford..." - p. 41), que considera um herege (pág. 41), mas aceita e submete-se à sua presença porque tem consciência de que precisa do seu auxílio para manter o poder (p. 59). Além disso, é vingativo, pretendendo justificar a condenação do general com uma ofensa que este terá praticado relativamente ao seu irmão ("Agora me lembro de que há anos, em Campo d' Ourique, Gomes Freire prejudicou muito a meu irmão Rodrigo!" - p. 72). Astuto, converte rapidamente os eu ódio pessoal numa razão de Estado (RÉPLICAS DA PÁG. 74)

          Adota, sucessivamente, uma postura calculista, hipócrita e cínica. Por exemplo, mostra-se falsamente preocupado com a possibilidade de se condenar um inocente e parece hesitar cada vez que se alude à trama que estará na base da condenação de Gomes Freire (p. 60), mas é denunciado por Beresford, que lhe diz que está nas suas mãos impedi-lo. Por outro lado, é ele próprio quem encontra as razões que o «tranquilizam»: «São muitos os inimigos [...] Maçonaria?» - pág. 67; o episódio acima referido acerca da ofensa que terá praticado. No entanto, pouco depois deixam de o mover o sentimento de culpa e os princípios morais e religiosos que deveriam servir de base à sua atuação, que são substituídos pela inquietação em torno de não se encontrarem as pessoas certas para a condenação de Gomes Freire. Além disso, faz uso constante de uma linguagem pejada de termos religiosos, invocando periodicamente a figura divina para justificar os seus atos, como se agisse em seu nome, e de um discurso paternalista («Vá, meu filho, e ajude-nos a cuidar do rebanho...» - pág. 38). Além disso, não demonstra qualquer escrúpulos em adulterar / deturpar o discurso bíblico, adequando-o aos seus propósitos, interesses e necessidades (PÁGINA 36). Não obstante, o seu inconsciente parece atormentá-lo: sonhou com o seu julgamento e com a sua condenação à forca (p. 68), o que o deixa aterrado e sem dormir.

          Vive deformado pelo fanatismo religioso, evidenciando uma ausência aflitiva de valores éticos e um paternalismo falsooco e beato. Daí a sua linguagem estereotipada, paternalista e falsamente compreensiva. Acaba por ser Matilde a desmascará-lo e humilhá-lo, dirigindo-lhe e à Igreja que representa um conjunto de acusações diretas e violentas: de hipocrisia, violência, falsidade, mentira e traição. A culminá-las, atira-lhe uma moeda aos pés que simboliza os princípios da traição, do apego aos bens materiais  e da corrupção que sempre nortearam o percurso de Principal Sousa.

          Em suma, a figura de Principal Sousa representa:
  1. o conluio entre a Igreja e o Poder;
  2. a política do orgulhosamente sós, princípio em que se espelha, mais uma vez, o Salazarismo;
  3. o não cumprimento da sua missão, evidenciada pela hipocrisia, pela ausência de valores éticos e morais consonantes com a ética cristã e pela cobertura que dá à injustiça.

D. Miguel Forjaz Pereira

          D. Miguel Forjaz pertence ao grupo das personagens do PODER, do qual fazem parte igualmente Principal Sousa e William Carr Beresford, formando um núcleo que comprova a existência de diversos interesses em jogo no que à regência do reino diz respeito: os da nobreza, os dos oficiais ingleses e os da Igreja católica. Por outro lado, os três comungam ainda do medo que possuem relativamente ao movimento liberal por este poder pôr em causa a rígida hierarquia da governação e, assim, ameaçar os privilégios de que beneficiavam.

          D. Miguel é o representante, na peça, da nobreza e de uma das três formas de poder - o civil - e o símbolo da decadência do país que governa. Absolutista convicto, é prepotente e sectárioreligiosa, desumano, frio e cruel, exercendo o poder de forma violenta e despótica: «Temos de a impedir com tal brutalidade que ninguém volte a conjurar neste Reino...» (pág. 43); «Lisboa há de cheirar toda a noite a carne assada [...]» (pág. 131). É alguém reacionário, que não aceita as ideias de liberdade, personificada pelo general Gomes Freire de Andrade. Não obstante serem primosodeia-o, porque teme que a sua popularidade ponha em causa o seu poder e o venha a afastar do cargo governativo que desempenha e porque lhe reconhece qualidades que ele não possui. Com efeito, desprovido de caráter, age em função dos seus ódios pessoais: «Se eu fosse a falar do ódio que lhe tenho...» (pág. 72). Mais: odeia tudo o que possa pôr em causa o regime absolutista, que considera de direito divino, e que é o garante da manutenção dos seus privilégios e dos da classe a que pertence. Assim, sentindo-se ameaçado pelas novas ideias e pelo ambiente revolucionário que se vai instalando, executa um plano ardiloso para forjar a condenação do general, assumindo, sem rebuço, o seu maquiavelismo, ao afirmar que os fins justificam os meios, como se pode verificar no final do ato I. Por outro lado, fica claro que tem tudo preparado e sob controle para encontrar um «bode expiatório» e o acusar e incriminar. Neste sentido, encarrega Vicente da missão de vigiar a casa de Gomes Freire e dar notícia dos seus contactos e movimentações (p. 38), prometendo-lhe, como recompensa, a chefia de um posto de polícia.

          D. Miguel defende o abafar rápido e imediato da revolução de qualquer forma e por qualquer meio, sem contemplações ou receios de recorrer à violência e à brutalidade ("Temos de a impedir com tal brutalidade que ninguém volte a conjurar neste Reino... Se não o fizermos, se tivermos piedade, ou escrúpulos, mais tarde ou mais cedo voltaremos ao mesmo." - p. 43) de forma a conservar o seu poder. Nesse sentido, procura incriminar quem lhe convém e não se preocupa em procurar os verdadeiros conspiradores ("A pergunta é: quem deverá, ou convirá, que tenha sido o chefe da revolta?" - p. 60), saindo da sua boca afirmações que remetem para o salazarismo"Não há inocentes, Reverência. Em política, quem não é por nós, é contra nós." - p. 60). Neste passo da peça, a personagem traça um retrato claro do regime da época e, por extensão, do do Estado Novo e cujos traços principais são a concentração do Poder nas mãos de um só homem (ou nas dos seus representantes - neste caso, os três governadores do reino), a possibilidade de decisão da vida / do destino de outro homem, sem que este tenha direito a um julgamento justo e imparcial, imanado de um poder judicial independente e isento («... o julgamento será secreto, e para evitar o perdão de el-rei, a execução seguir-se-á imediatamente à sentença.» - pág. 61).

          O processo que leva à condenação do general revela um D. Miguel corrupto («compra»os denunciantes, com Vicente à cabeça), ameaçadormanipulador e estratega, recorrendo a argumentos convincentes para alcançar os seus desígnios. Deste modo, no intuito de convencer Beresford a alinhar no seu plano, dado que este receia perder o seu posto e a sua tença, descreve Gomes Freire como um soldado brilhante, um homem inteligente e um herói popular, e, ao procurar o apoio de Principal Sousa, relembra-lhe que o general é grão-mestre da Maçonaria e um estrangeirado. Não obstante, revela sempre ser medroso e até cobarde, por exemplo, quando não é capaz de receber Matilde de Melo, no acto II, que se lhe dirige procurando libertar o «marido». Por outro lado, defende um julgamento secreto e uma execução célere para evitar possíveis perdões ("... o julgamento será secreto, e para evitar o perdão de el-rei, a execução seguir-se-á imediatamente à sentença." - p. 65), o que significa que quem for acusado, automaticamente, mesmo antes de ser julgado, já está condenado.
          Por outro lado, o julgamento que idealizou é uma verdadeira farsa, só possível de existência num regime absolutista e de ditadura: (1) o julgamento será secreto, (2) a execução terá lugar imediatamente a seguir à sentença (desta forma, evitam-se os pedidos de clemência e os perdões de pena), (3) as provas judiciais apelarão à emoção em vez da razão (por exemplo, questionando o patriotismo do general), (4) recorrer-se-á a denunciantes, a «patriotas», isto é, a corruptos que tudo farão para cair nas boas graças do Poder e que se vendem a troco de dinheiro.

          Nas palavras de Sousa Falcão (pp. 116-117), D. Miguel é «friodesumano e calculistaOdeia Gomes Freire (...) é a personificação da mediocridade consciente e rancorosa.» e «... um cristão de domingo (...) todos os dias dá, a um pobre, pão que lhe baste para se conservar vivo até morrer de fome...» - o oposto do seu primo. Por outro lado, é desumanovingativo e cruel, por exemplo, quando afirma que «Lisboa há-de cheirar toda a noite a carne assada. (...) o cheiro há-de-çhes ficar na memória durante muitos anos...», ou «Temos de a impedir [à revolução] com tal brutalidade que ninguém volte a conjurar neste Reino...» (pp. 71-72).

          Na sua qualidade de governador, personifica o pequeno tirano, hipócrita, mesquinhoinsensívelinseguro e prepotente, que é avesso ao progresso e à modernidade, mantendo o povo na miséria, na ignorância e no obscurantismo, pois a situação reverte a seu favor. O seu discurso enquadra-se perfeitamente no da época do Estado Novo (séc. XX), girando em torno da retórica e lógica ocas e demagógicas, construindo verdades falsas - assinalem-se, a título exemplificativo, as ideias do «ardor patriótico», da construção de «um Portugal próspero e feliz, com um povo simples, bom e confiante, que viva lavrando e defendendo a terra, com os olhos postos no Senhor...». Por outro lado, a sua megalomania e prepotência aliam-se à cobardia e ao calculismo político, num ser desprovido de integridade e corrupto. O processo de condenação do general evidencia, ainda, a aliança da traição, do despeito e da vingança, sentimentos motivados por aquela figura: «Senhores Governadores: aí tendes o chefe da revolta. Notai que lhe não falta nada: é lúcido, é inteligente, é idolatrado pelo povo, é um soldado brilhante, é grão-mestre da Maçonaria e é, senhores, um estrangeirado. (...) Se eu fosse falar do ódio que lhe tenho...» (pp. 97-98).

          Além disso, personifica a ambição desmedida, o egoísmo e o desejo de perpetuação da opressão, do absolutismo, das injustiças e diferenças sociais: «Não concebo a vida, Excelências, desde que o taberneiro da esquina possa discutir a opinião d'el-rei, nem me seria possível viver desde que a minha opinião valesse tanto como a de um arruaceiro. Pergunto-vos, senhores: que crédito, que honras, que posições seriam as nossas, se ao povo fosse dado escolher os seus chefes?» (p. 43).

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Formas de relato do discurso

1. Coloque os enunciados no discurso indireto.
a) O Silva respondeu-lhe:
‑ Fui com a Ana ver o concerto dos Click 4,Play e amanhã vamos ao teatro.
b) O Rafael perguntou:
‑ Luís, trouxeste as cábulas?

2. Coloque, agora, os enunciados no discurso direto.
a) O Valente, inteligente, declarou que, com austeridade em cima de austeridade, o país não iria.
b) A Maria pediu à amiga que oferecesse um presente àquele rapaz que tinham encontrado na discoteca.

***************

Correção

1.
a) O Silva respondeu-lhe que fora / tinha ido com a Ana ver o concerto dos Click 4’Play e no dia seguinte iam ao teatro.

b) O Rafael perguntou ao Luís se tinha trazido as cábulas.

2.
a)   O Valente, inteligente, declarou:
       ‑ Com austeridade em cima de austeridade, o país não irá longe.

b)   A Maria pediu:
       ‑ Amiga, oferece um presente a esse rapaz que encontrámos na discoteca.
OU
       A Maria pediu à amiga:
       ‑ Oferece um presente a esse rapaz que encontrámos na discoteca.

Atos de fala

1. Observe, atentamente, o quadro apresentado, que contém diferentes intenções comunicativas.
instruir, aconselhar, descrever, ordenar, argumentar, opinar, informar, exprimir sentimentos, despertar a curiosidade,
comprometer-se

1.1. Aponte a intenção comunicativa presente nos atos de fala seguintes.
a) Prefiro o Cardozo ao Wolfswinkel: marca mais golos e é mais incisivo.
b) Solange, desliga o telemóvel!
c) Digite o número e o nome do modelo de sua impressora na caixa de pesquisa Produto.
d) Natacha, deixa esse indivíduo, que ele só te traz infelicidade.
e) Na próxima terça-feira, avaliar-vos-ei.
f) O meu tio é velho, tem cabelos brancos, mãos rugosas e os dentes podres.
g) Ouvi, agora mesmo, um trovão.
h) A exibição do Benfica foi fraquinha.
i) Nem queiras saber quem encontrei em casa da espanhola.
j) Hugo, lamento que namores com essa rapariga.

1.2. Identifique os atos ilocutórios presentes nas alíneas b), d), e), f) e j).

2. Atente nas frases dadas.
a) Daniela, podes passar-me o triciclo?
b) Inês, importas-te de limpar o nariz do teu D. Pedro?

2.1. Aponte a intenção do locutor ao proferir cada uma das frases.

2.2. Identifique a(s) alínea(s) em que está (estão) presente(s) atos ilocutórios indiretos.

2.3. Rescreva as frases, indicando a intenção do locutor de forma direta.

3. Atente na frase seguinte: «‑ Mãe, eu não sou o Joaquim.»

3.1. Demonstre que a frase dada pode configurar, em simultâneo, um ato de fala direto e um ato de fala indireto.



Correção: aqui.


domingo, 28 de abril de 2013

Orações subordinadas

1. Sublinhe as orações subordinadas nas frases fornecidas.
a) A Daniela saiu com os amigos, embora estivesse proibida.
b) Parti o braço porque fui imprudente.
c) O Silva pediu-me que lhe emprestasse uns euros para um par de ferraduras.
d) O João perguntou à avó se tinha gostado da festa.
e) Quem vencer o jogo será campeão.
f) Queria convidar-te para ires ao baile comigo.
g) Enquanto o Saramago escrevia, a Pilar lavava a louça.
h) A miúda que vi no cinema era linda!
i) Se o Benfica for campeão, irei a Fátima a pé.
j) Certo aluno faz cocó onde lhe apetece.
k) Neste período, dar-te-ei a nota que pediste.
l) O Zezé Camarinha é tão fanfarrão que dá dó.

1.1. Classifique as orações que sublinhou.

2. Preencha o quadro.
a) O João pediu para cantarmos.
b) Foi premiado quem mereceu.
c) Os ladrões levaram quanto dinheiro puderam.
d) Deitar cedo faz bem.
e) Quem com ferros mata com ferros morre.
f) Jorge Jesus disse que o árbitro esteve bem.
g) Admiro quem estuda.
h) Pode ser que ganhemos a Liga Europa.
i) A Joaquina esforça-se por ser boa aluna.
j) Os toxicodependentes necessitam de quem os trate.
k) Perguntei-lhe se estava tudo bem.

Orações subordinadas substantivas completivas
Orações subordinadas substantivas relativas









**********************************************************************

Orações subordinadas adjetivas

1. Atente nas frases dadas.
a) O livro que li era fantástico.
b) A professora de Matemática, que se chama Ana A., é muito alta.
c) O teste de Português, cuja dificuldade era grande, correu-me mal.
d) Os alunos que não estudam são calões.
e) A música que cantaste era horrível.

1.1. Sublinhe as orações subordinadas adjetivas.

1.2. Preencha o quadro apresentado.


Orações subord. adjetivas relativas restritivas
Orações subordinadas adjetivas explicativas
a)


b)


c)


d)


e)



***************

Correção

1.
a) «embora estivesse proibida»
b) «porque fui imprudente»
c) «que lhe emprestasse uns euros para um par de ferraduras»
d) « se tinha gostado da festa»
e) «Quem vencer o jogo»
f) «para ires ao baile comigo»
g) «Enquanto o Saramago escrevia»
h) «que vi no cinema»
i) «Se o Benfica for campeão»
j) «onde lhe apetece»
k) «que pediste»
l) «que até dá dó»

1.1.
a) Oração subordinada adverbial concessiva
b) Oração subordinada adverbial causal
c) Oração subordinada substantiva completiva
d) Oração subordinada substantiva completiva
e) Oração subordinada substantiva relativa
f) Oração subordinada adverbial final
g) Oração subordinada adverbial temporal
h) Oração subordinada adjetiva relativa restritiva
i) Oração subordinada adverbial condicional
j) Oração subordinada substantiva relativa
k) Oração subordinada adjetiva relativa restritiva
l) Oração subordinada adverbial consecutiva

2.
Orações subordinadas substantivas completivas
Orações subordinadas substantivas relativas
     “para cantarmos”


     “quem mereceu”

     “quanto dinheiro puderam”
     “Deitar cedo”


     “Quem com ferros mata”
     “que o árbitro esteve bem”


     “quem estuda”
     “que ganhemos a Liga Europa”

     “por ser boa aluna”


     “de quem os trate”
     “se estava tudo bem”



Orações subordinadas adjetivas

1.1.
a) «que li»
b) «que se chama Ana A.»
c) «cuja dificuldade era grande»
d) «que não estudam»
e) «que cantaste»

1.2.
Orações subordinadas substantivas completivas
Orações subordinadas substantivas relativas
     a)
     «que li»

     b)

     «que se chama Ana A.»
     c)

     «cuja dificuldade era grande»
     d)
     «que não estudam»

     e)
     «que cantaste»


Orações coordenadas


1. Transforme as frases simples em complexas, ligando-as através dos elementos indicados entre parênteses.
a) O Rafa cantou. As meninas presentes renderam-se ao seu talento. (conjunção coordenativa copulativa)
b) Come a sopa. Apanhas dois tabefes. (locução coordenativa disjuntiva)
c) Diverti-vos, caros alunos! A vida é um sopro. (conjunção coordenativa explicativa)
d) Estamos em abril. O tempo permanece frio. (conjunção coordenativa adversativa)
e) O Antunes já limpou a arma. A época de caça ainda não abriu. (locução coordenativa adversativa)
f) Hoje chove. Preciso do guarda-chuva. (conjunção coordenativa conclusiva)

2. Delimite e classifique as orações presentes nas frases seguintes.
a) A Maria tem novo namorado, que tem o caderno cheio de corações.
b) A Filipa quer sair até às seis da manhã, mas o pai não deixa.
c) Matilde não salvou o general nem recuperou a sua felicidade.
d) Nas aulas de Português, ora se conversa ora se joga a sueca.
e) O Pedro foi a uma consulta, por conseguinte o teste foi adiado.

3. Preencha o quadro, assinalando as respostas corretas com uma X (cruz).
Orações coordenadas
Sindéticas
Assindéticas
1. O professor chegou e cumprimentou os alunos.


2. O professor chegou, cumprimentou os alunos…


3. Ele baixou-se e apanhou a carteira.


4. A Maria comprou uns sapatos e a Daniela uma carteira.


5. O Ribeiro comprou uns sapatos, umas calças, umas meias.



***************

Correção

1.
a) O Rafa cantou e as meninas presentes renderam-se ao seu talento.
b) Ou comes a sopa ou apanhas dois tabefes.
c) Diverti-vos, caros alunos, pois a vida é um sopro.
d) Estamos em abril, mas o tempo permanece frio.
e) O Antunes já limpou a arma, no entanto a época de caça ainda não abriu.
f) Hoje chove, logo preciso do guarda-chuva.

2.
a) «A Maria tem novo namorado» ‑ oração coordenada
«que tem o caderno cheio de corações» ‑ oração coordenada explicativa
b) «A Filipa quer sair até às seis da manhã» ‑ oração coordenada
«mas o pai não deixa» ‑ oração coordenada adversativa
c) «Matilde não salvou o general» ‑ oração coordenada
«nem recuperou a sua felicidade» ‑ oração coordenada copulativa
d) «Nas aulas de Português, ora se conversa» ‑ oração coordenada
«ora se joga a sueca» - oração coordenada disjuntiva
e) «O Pedro foi a uma consulta» ‑ oração coordenada
«por conseguinte o teste foi adiado» ‑ oração coordenada conlusiva

3.
Orações coordenadas
Sindéticas
Assindéticas
1. O professor chegou e cumprimentou os alunos.
X

2. O professor chegou, cumprimentou os alunos…

X
3. Ele baixou-se e apanhou a carteira.
X

4. A Maria comprou uns sapatos e a Daniela uma carteira.
X

5. O Ribeiro comprou uns sapatos, umas calças, umas meias.

X

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