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sábado, 30 de dezembro de 2017

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

"All Time High", Rita Coolidge

"A honra perdida de Katharina Blum", de Heinrich Böll

     Katharina Blum, empregada em casa de um advogado, durante um baile de Carnaval, apaixona-se por um alegado assaltante de bancos, desertor e assassino e passa uma noite com ele no seu apartamento. No entanto, a polícia tem ambos sob vigilância, o que não impede que ele desapareça sem deixar rasto.
     As forças da autoridade convocam então Katharina para depor sobre as suas relações com Ludwig Götten, mas liberta-a por a considerar inocente de parceria com o criminoso. Entretanto, enquanto o advogado e a sua esposa, conhecida por "Trude Vermelha" por ambos serem considerados comunistas, interrompem as suas férias e acorrem em seu auxílio.
     Um jornalista que trabalha para um jornal sensacionalista chamado simplesmente Jornal debruça-se sobre o caso e escreve uma série de artigos onde altera os factos, distorcendo-os, mente, de forma a dar de Katharina uma imagem de cúmplice de Götten, de uma mulher leviana e insensível. Entrevista pessoas amigas, vizinhas ou familiares (pelo meio causa a morte da mãe da jovem, recentemente objeto de uma intervenção cirúrgica delicada para debelar um cancro, depois de lhe mentir sobre a filha) e distorce as suas palavras sobre Katharina. Trata-se de uma verdadeira perseguição: de terrorista a comunista, passando por criminosa, tudo o 'jornalista' lhe chama.
     No auge da fúria, Katharina procura-o e assassina-o a tiros de revólver.
     Publicada originalmente em 1974, a obra, cuja ação decorre na então Alemanha Ocidental, no pico da Guerra Fria, retrata a paranoia dessa época e as profundas divisões políticas mundiais. Note-se, por exemplo, que o maior insulto dirigido a alguém era apelidá-lo de "comunista". Por outro lado, Böll critica acidamente o jornalismo sensacionalista.
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